Cai no golpe do Pix! O que fazer? Quais são seus direitos?
Saiba como agir em casos de fraude com Pix e conheça seus direitos para recuperar o dinheiro perdido.
Amanda Vazques
5 min de leitura
O Pix revolucionou as transações financeiras no Brasil desde seu lançamento em 2020. No entanto, com a popularidade do sistema, criminosos têm desenvolvido novos golpes para enganar usuários e roubar dinheiro.
Se você caiu em um golpe do Pix, saiba quais são seus direitos e como agir para minimizar os prejuízos.
O Pix é seguro?
O Banco Central garante que o Pix é um sistema de pagamentos seguro, protegido contra vazamento de dados. No entanto, os golpistas atuam de forma diferente: eles exploram a vulnerabilidade dos usuários, enganando-os para que façam transferências voluntárias ou forneçam dados bancários sem perceber.
Quais são os golpes mais comuns com Pix?
Os criminosos utilizam diversas táticas para enganar suas vítimas. Veja alguns dos golpes mais frequentes:
1. Comprovantes falsos
Os golpistas geram comprovantes de pagamento falsos para enganar vendedores e prestadores de serviços. Como evitar?
Verifique diretamente no seu aplicativo bancário se o dinheiro entrou na conta.
Não confie apenas na imagem do comprovante enviada pelo comprador.
2. QR Code falso
Criminosos podem gerar QR Codes adulterados para desviar pagamentos. Para se proteger:
Sempre confira os dados do destinatário antes de confirmar o pagamento.
Prefira pagar diretamente pelo site oficial da empresa ou pelo aplicativo do banco.
3. Golpe do WhatsApp
Os fraudadores clonam contas do WhatsApp e se passam por amigos ou parentes, pedindo dinheiro emprestado. Para evitar:
Ative a verificação em duas etapas no WhatsApp.
Antes de transferir qualquer valor, ligue para a pessoa e confirme se o pedido é real.
4. Falsas promoções e sorteios
Golpistas criam sites falsos oferecendo ofertas muito vantajosas ou pedem um Pix para liberar um prêmio inexistente. Proteja-se:
Desconfie de descontos irreais ou promessas de dinheiro fácil.
Verifique sempre a credibilidade da empresa antes de realizar qualquer transação.
Como evitar cair em golpes do Pix?
Sempre realize pagamentos pelo seu internet banking ou aplicativo oficial do banco.
Nunca compartilhe dados bancários em sites duvidosos.
Desconfie de ofertas muito vantajosas.
Verifique o destinatário antes de confirmar a transação.
Cai no golpe do Pix! O que fazer?
Se você foi vítima de um golpe, siga estes passos imediatamente:
1. Registre um Boletim de Ocorrência
O Boletim de Ocorrência (B.O.) é essencial para documentar o crime e pode ser usado em reclamações e processos judiciais.
2. Comunique o banco
Entre em contato com a instituição financeira o mais rápido possível. Algumas operadoras oferecem a opção de cancelamento ou rastreamento da transação.
3. Registre reclamações em órgãos de defesa do consumidor
Se o banco não solucionar o problema, faça uma reclamação nos seguintes canais:
Banco Central do Brasil
Procon
Consumidor.gov.br
Reclame Aqui
4. Ação judicial para reaver o dinheiro
Se o golpe envolveu falha na segurança do banco, é possível entrar com uma ação judicial exigindo a devolução do valor e, em alguns casos, indenização por danos morais.
Quanto tempo demora um processo de fraude?
O prazo médio de um processo judicial pode variar entre 12 a 36 meses, dependendo da complexidade do caso e da agilidade do tribunal.
Documentos necessários para ação judicial
Se for preciso recorrer à Justiça, reúna os seguintes documentos:
Resumo detalhado do ocorrido.
Documentos pessoais (RG, CPF, comprovante de residência).
Comprovantes das transações bancárias.
Trocas de mensagens com o fraudador (WhatsApp, e-mails).
Boletim de Ocorrência.
Comunicados enviados ao banco ou empresa envolvida.
Precisa de ajuda?
A orientação de um advogado especializado pode aumentar suas chances de recuperar o dinheiro.
O Amanda Vazques Escritório de Advocacia está à disposição para esclarecer dúvidas e auxiliar no seu caso