Contrato de Namoro: Proteção Patrimonial e Segurança Jurídica
Entenda como o contrato de namoro pode resguardar interesses e evitar consequências indesejadas.
Amanda Vazques
6 min de leitura
O contrato de namoro é uma importantíssima ferramenta jurídica de proteção patrimonial, que vem ganhando cada vez mais valor no mundo jurídico. Esse instrumento é uma forma eficiente de resguardar interesses, especialmente os patrimoniais, em relações que não configuram união estável ou casamento.
Diferenças Entre Namoro, União Estável e Casamento
Diferente do casamento (art. 1.511 do Código Civil) e da união estável (art. 1.723 do Código Civil), o namoro não é reconhecido como uma forma de constituição familiar pelo ordenamento jurídico brasileiro. Por isso, o namoro não atribui direitos e deveres às partes, como:
• O dever de fidelidade (art. 1.566, inciso I, do Código Civil);
• O direito à partilha do patrimônio comum adquirido durante a relação (art. 1.639 do Código Civil).
Muitas vezes, o limite entre namoro e união estável pode ser tênue. Relações de longa duração – 5, 6 ou até 7 anos – podem levantar questionamentos sobre a verdadeira natureza do relacionamento. Isso se torna ainda mais complicado quando o casal mora junto ou leva uma vida como se fossem casados, sem formalização.
Impactos Práticos do Contrato de Namoro
As consequências práticas entre namoro e união estável são importantes, especialmente no âmbito patrimonial. Por exemplo:
• Namorados: Não possuem direito à partilha do patrimônio constituído durante a relação, pois não há, por lei, comunicação patrimonial.
• União Estável: Tudo o que foi adquirido durante a convivência é partilhado, salvo acordo contrário. Como regra, aplica-se o regime de comunhão parcial de bens.
Reconhecer um relacionamento como união estável, acreditando ser apenas namoro, pode gerar consequências inesperadas:
1. Durante a Vida: Partilha do patrimônio comum.
2. Após a Morte: Possibilidade de o parceiro ser reconhecido como herdeiro.
A Solução: Contrato de Namoro
O contrato de namoro é uma ferramenta essencial para evitar dúvidas sobre a natureza da relação. Ele deixa claro as intenções das partes e resguarda direitos patrimoniais, garantindo:
• Tranquilidade: Evita disputas judiciais futuras.
• Segurança Jurídica: Protege o patrimônio pessoal.
Essa formalização é especialmente importante para aqueles que desejam se resguardar e manter suas intenções claras, evitando interpretações equivocadas sobre o relacionamento.
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